A Amazônia em Evidência na COP30
A abertura oficial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada nesta segunda-feira, dia 10, em Belém, Pará, destacou a Amazônia como um ponto central nas discussões climáticas globais. O evento também abriu espaço para refletir sobre a cultura como uma expressão vital de identidade, memória e mobilização. Ao lado da renomada cantora Fafá de Belém, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi uma das figuras que abrilhantaram a cerimônia com uma apresentação musical que celebrou as raízes e o valor ancestral do território amazônico.
A solenidade contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de autoridades nacionais, internacionais e representantes de mais de 130 países. O embaixador André Corrêa do Lago, que assumiu a presidência da COP30, enfatizou a necessidade de apresentar soluções concretas durante a conferência, ressaltando a importância de ouvir e respeitar a ciência. “É a COP da verdade”, declarou.
O Papel do Brasil na Luta Climática
Na abertura, Lula sublinhou o papel fundamental do Brasil como anfitrião do evento, situado “no coração da Amazônia”. O presidente abordou os desafios logísticos, a diversidade do bioma e a centralidade das vozes dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. Lula fez um apelo por coragem e ação: “O impossível é não ter coragem de enfrentar desafios”. Essa frase ressoou como um chamado à ação coletiva no cenário global de mudanças climáticas.
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Margareth Menezes também ressaltou a relevância do Brasil no debate internacional sobre clima. “A COP reúne quase 200 países comprometidos em proteger o planeta. É aqui que governos, cientistas, movimentos sociais e povos tradicionais negociam caminhos concretos para lidar com a crise climática”, afirmou a ministra. Nos dias que antecederam a conferência, temas como justiça climática, Amazônia, sociobiodiversidade e inovação ganharam destaque, evidenciando a urgência de um trabalho conjunto. Para Margareth, a cultura desempenha um papel crucial nesse cenário, pois é capaz de mobilizar e conectar as pessoas em torno de um objetivo comum. “O Brasil voltou a exercer protagonismo na luta pelo clima, pela vida e por um futuro justo para todas e todos”, concluiu.
A Amazônia e Suas Comunidades
A cerimônia não apenas celebrou a cultura, mas também ressaltou a importância da Amazônia, que abriga quase 50 milhões de pessoas e mais de 400 povos indígenas. A ênfase na cultura local, na biodiversidade e nas expressões culturais é fundamental para a proteção do território amazônico e a promoção de um desenvolvimento sustentável.
Ministério da Cultura na COP30
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Fonte: agazetadorio.com.br
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Fonte: acreverdade.com.br
O Ministério da Cultura lançou uma página dedicada à sua participação na COP30, onde é possível acessar a programação completa, ações e conteúdos especiais relacionados ao evento. Essa iniciativa demonstra o compromisso do Ministério com a promoção da cultura e a conscientização sobre questões climáticas.
Estreia do Concerto “Ópera I-Juca Pirama”
Ainda nesta segunda-feira, Margareth Menezes participou da estreia do concerto “Ópera I-Juca Pirama – Aquele que deve morrer”, uma obra inspirada no poema homônimo de Gonçalves Dias. O libreto foi elaborado pelo escritor Paulo Coelho, enquanto a composição ficou a cargo do cantor Gilberto Gil e do maestro Aldo Brizzi. O espetáculo integra a programação do XXIV Festival de Ópera do Theatro da Paz, destacando mais uma faceta da rica cultura brasileira em um momento tão significativo.
