Medidas Rigorosas da Shein
A Shein, marca global de moda, decidiu proibir a venda de bonecas sexuais que despertaram polêmica devido à sua aparência infantil. A decisão segue a indignação de manifestantes que protestaram em Paris, em frente à futura loja da empresa, onde expressaram preocupação com a natureza desses produtos. A agência nacional de defesa do consumidor da França também levantou alertas severos, afirmando que a categorização das bonecas poderia ser vista como uma forma de pornografia infantil.
Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, a empresa anunciou que desativou permanentemente todas as contas de vendedores envolvidos na comercialização dessas bonecas e que se compromete a aumentar os controles em sua plataforma global. Além disso, a Shein informou que retirou temporariamente a categoria de produtos adultos de suas ofertas como uma medida cautelar.
A Shein ressaltou que removeu todos os anúncios e imagens relacionados a essas bonecas de sua plataforma. Em uma postura firme, a empresa indicou que realizará uma revisão completa de suas políticas e intensificará os controles sobre os vendedores que atuam na plataforma. “A luta contra a exploração infantil é inegociável para a Shein”, declarou Donald Tang, CEO da marca.
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O executivo também destacou a responsabilidade sintética que a empresa assume, explicando que os anúncios controversos eram de marketplace, geridos por vendedores terceirizados. No entanto, Tang enfatizou que tomou a questão de forma pessoal, assegurando que medidas rigorosas seriam tomadas contra os responsáveis por essas práticas.
Denúncia e Investigação em Curso
Em um comunicado oficial, o Ministério Público de Paris confirmou que recebeu denúncias da Direção Geral de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraudes (DGCCRF) sobre a Shein, além de outras plataformas de e-commerce como Ali Express, Temu e Wish. As denúncias referem-se à venda de bonecas sexuais com características infantis, levando a uma investigação por parte do OFMNI, órgão francês responsável pela proteção de menores.
A DGCCRF expressou suas preocupações iniciais no último sábado (1/11), e, em resposta, a Shein prontamente retirou os anúncios relacionados assim que tomou conhecimento dos produtos e deu início a uma investigação interna para entender como essas ofertas foram apregoadas em sua plataforma.
Roland Lescure, ministro das Finanças da França, deixou claro que a continuação da comercialização desses produtos poderia resultar em um banimento da varejista no país, coincidente com a iminente inauguração da primeira loja física da Shein em Paris, prevista para esta semana.
Protestos em Paris
Na mesma linha de protestos, diversos manifestantes se reuniram em frente à loja de departamentos BHV, localizada na Prefeitura de Paris, para demonstrar sua oposição à abertura da nova unidade da Shein. A marca, que já enfrentou críticas anteriormente pelo impacto ambiental da moda rápida e pelas condições de trabalho precárias nas fábricas que produzem seus itens, agora atrai atenção negativa em um novo front.
Essa ação da Shein reflete uma crescente pressão pública e regulatória sobre as empresas de moda, que se veem obrigadas a reavaliar suas práticas e a responsabilidade social em tempos de crescente conscientização sobre questões de moralidade e ética.
