Celebrando a Tradição e a Criatividade
Nos dias 16 e 17 de outubro, o campus da Unesc se transformou em um verdadeiro palco cultural, recebendo o 9º Encontro de Bois de Mamão e o 5º Encontro das Maricotas. Durante os dois dias, sete apresentações artísticas encantaram o público e exaltaram a rica cultura açoriana. O evento foi promovido pelo setor de Arte e Cultura da Universidade, que se dedica a valorizar as expressões culturais locais.
Na manhã de quinta-feira, grupos de alunos das Escolas de Educação Básica Egídio de Bona, de Forquilhinha, e Melchíades Bonifácio Espíndola, do Balneário Rincão, além da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Içara, brilharam com suas performances. A desenvoltura e a criatividade dos jovens artistas foram evidentes e contagiantes, trazendo à tona a vivacidade da cultura popular.
Sheila Martignago Saleh, diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc, que representou a reitora em exercício, ressaltou o papel essencial do setor de Arte e Cultura em promover saberes populares. “A Unesc não apenas divulga, mas também promove a arte da região. Essa iniciativa vai além da comunidade interna, permitindo que colégios venham aqui mostrar seus talentos. O nosso setor realiza um trabalho admirável, mantendo viva a tradição através desses encontros”, afirmou.
Um Patrimônio Cultural Apreciado
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Conhecido como um dos principais promotores da cultura açoriana em Santa Catarina e no Brasil, o mestre Zé do Boi, criador da Casa de Cultura Boi de Mamão, expressou sua satisfação com a receptividade do campus. “A cada ano que venho aqui, fica melhor. O trabalho da equipe de cultura da Unesc é magnífico, e eles se dedicam intensamente para que essa tradição não se perca. Fazemos isso por amor, e esse encontro é uma oportunidade de resgatar a cultura do Boi de Mamão nas escolas”, comentou.
Zé do Boi destacou que a tradição do Boi de Mamão tem suas raízes na história trazida pelos portugueses do Arquipélago dos Açores, mas enfatizou que ela foi também influenciada por diversas etnias que se estabeleceram em Santa Catarina. “Africanos, italianos, alemães, todos brincaram com o boi. Essa manifestação cultural não tem fronteiras nem nacionalidade; agora, posso afirmar que o Boi de Mamão é de todos”, concluiu o artista, com uma pitada de orgulho.
Fortalecendo a Cultura Popular
A coordenadora do Setor de Arte e Cultura, Amalhene Baesso Reddig, conhecida como Lenita, lembrou que a Unesc é reconhecida como um ponto de cultura pelo Ministério da Cultura e pela Rede Cultura Viva. “Nosso objetivo é promover o intercâmbio cultural entre os participantes da cultura popular catarinense, reforçando essa tradição. Na data de hoje, que marca o Dia Internacional do Patrimônio Cultural Imaterial, celebramos as tradições vivas que nos conectam às histórias e memórias de nossos antecessores. A interação experimentada no campus da Unesc reverbera na região, contribuindo para uma cultura de paz e tolerância”, enfatizou.
Maxwell Sandeer Flor, produtor cultural da universidade, destacou a importância da reunião dos grupos culturais para um intercâmbio enriquecedor. “Nossa proposta é promover a interação entre bois e pontos de cultura, e nesta temporada, teremos a participação da Casa da Fraternidade, um outro ponto cultural em Araranguá. A Unesc, como ponto de cultura, desempenha um papel fundamental nesse trabalho de base comunitária com os grupos culturais da nossa região. Essa é a missão do setor de Arte e Cultura e do ponto de cultura Boi de Mamão na comunidade”, ressaltou.